Por muita força que faça a caneta não corre, os pensamentos amontoam-se sem sentido e nada se aproveita. Sinto uma necessidade de escrever, de explicar o que me vai na alma, de deitar tudo cá para fora. Não consigo. O coração pesa cada vez mais e eu não encontro maneira de o esvaziar um pouco. Odeio quando isto me acontece. Tenho tanto para dizer e não consigo dizer nada. Estes bloqueios dão-me cá uma neura, céus. Apetece-me falar de ti até me doer a voz, quero salientar todos os teus detalhes, explicar ao Mundo como tu és. As saudades, os teus beijos, os sorrisos, os abraços. A felicidade no seu estado mais puro. Mas não consigo expressar nada. Bem diz Lobo Antunes que escrever é um processo complicado, que é preciso esperar até que venha a inspiração que, com alguma sorte, enche páginas sem fim para depois ter de limar tudo, acertar tudo, corrigir tudo até se obter uma simples frase perfeita. E esperar de novo. Ninguém disse que era fácil. Mas também ninguém disse que iria ser assim tão difícil. Custa, é certo, mas só assim consigo aliviar este pobre coração cansado. E enquanto espero sempre vou pensando em ti. Sempre acalmas esta minha alma. Aliás, veio-me agora à cabeça uma frase tua que me faz sorrir só porque sim.
- O que interessa é que estou contigo e o resto são papas de serrabulho.
P.S. A propósito , completa-se hoje um ano de palavras aqui , na terra do nunca .
- O que interessa é que estou contigo e o resto são papas de serrabulho.
P.S. A propósito , completa-se hoje um ano de palavras aqui , na terra do nunca .