Há coisas nesta vida que, independentemente da nossa idade, batem forte cá dentro. A morte é uma delas. Pensamos sempre que está longe, que nunca nos vais tocar a nós, aos nossos. É algo que acontece sempre a outro, a outro que mora longe, a outro que não nos é nada. Podem-nos dizer que, por segundo morrem estas e estas e estas pessoas. Não nos importamos, são apenas números, apenas desconhecidos. Mas quando toca a alguém não tão distante, um amigo de um amigo, alguém da mesma idade, alguém que partilhava os mesmos amigos e os mesmos locais que nós, alguém como nós, alguém que podíamos muito bem ser nós, tudo deixa de ter sentido. Nada nem ninguém tem o direito de apagar coisas destas vida, pessoas, apagar pessoas tão cedo, ninguém tem esse direito. Alguém corra para trás, alguém corra para trás no tempo e pare aquele carro, alguém corra para trás e salve aquele miúdo. Ele não merecia. Ninguém merece, ninguém merece que lhe roubem assim a vida. Ninguém merece ficar assim. Mas o Bruno ficou assim, no chão, vendo tudo, todo o seu futuro partir rapidamente, assim como o carro que lhe tirou a vida.
Este texto está uma mistura de choque e amor. É pena pensarem que a Morte vai sempre de encontro aos outros.
ResponderEliminarUm beijo,
R.I.P. Bruno
ResponderEliminarAdorei o texto , tas cada vez melhor
Beijos ^^
.acidente bastante marcante (incrivel como o consegues passar para palavras). [gmdt]
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