Auto de Gil Vicente , Almeida Garrett
Paula Vicente,
Ele,
E é aí que Ele aparece, com aquele sorriso, abraçando-me, perguntando-me o que se passa e dizendo 'Não chores mais'.
esqueceste-te,
Agora que penso nisso até é engraçado. É engraçado que, anos e anos depois disto, eu ainda esteja atrás de ti, já sem gritar, já sem correr, já sem o sorriso ingénuo e feliz característico das crianças. No entanto ainda atrás de ti, só que quieta, de feição séria, e dizendo baixinho, para que não me possas ouvir, ‘Voltaste a esquecer-te de qualquer coisa. Esqueceste-te de mim.‘.
liga-me,
Horas depois desisto, dispo-me lentamente e tomo um duche. Desejo que a água leve toda a tristeza que deixaste em mim, por teres falhado com a tua palavra. A água não o faz. Visto-me e deito-me na cama, os cobertores a tapar-me até à cabeça, como se estivesse dentro dum casulo donde fosse sair, na manhã seguinte, como nova, sem uma única lágrima. Apago a luz. E assim que fecho os olhos o telefone toca. Tacteio desastradamente a mesinha de cabeceira até conseguir agarrar a fonte daquele barulho que agora me irrita profundamente. Atendo sem ver sequer quem me liga. És tu. 'Olá miúda, desculpa a demora, ainda queres falar?'.
calada,

10 things I hate about you,

and the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car,
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots
and the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick,
it even makes me rhyme.
I hate the way you're always right,
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh,
even worse when you make me cry.
I hate it when you're not around,
and the fact that you didn't call.
But mostly I hate the way I don't hate you,
not even close, not even a little bit, not even at all.
from the movie 10things I hate about you
menina bonita,
não posso,
- Não posso!
- Porque é que não podes, han? Porquê?
- Porque o conheço, é essa a razão, ok? Porque o conheço demasiado bem. Porque sim, sei que ele hoje até pode dizer que eu sou a tal, a rapariga da vida dele, aquela com quem ele quer e vai ficar para sempre. E ele até pode vir ter comigo e dizer que gosta de mim, de verdade mas…
- E gosta, tu sabes que sim.
- Não, ele só pensa que gosta, e não me interrompas por favor. Só que também sei que amanhã ele já não vai dizer o mesmo, amanhã ele vai passar por mim e não vai dizer nada. Sempre foi assim. É um ciclo vicioso mas tem de parar, entendes? Ele é o rapaz mais complicado deste Mundo e tu sabe-lo bem. Nunca conheci ninguém tão indeciso como ele. E por muito que eu queira ficar com ele, por muito que eu o ame, não posso simplesmente entregar-me a ele, porque assim estarei simplesmente a condenar-me, a deixá-lo magoar-me inconscientemente. Alguém tem de usar a cabeça aqui, alguém tem de pensar nas coisas. Ele ainda é muito garoto, portanto eu é que tenho de ser sensata, eu é que tenho de pensar, pelo bem dos dois. Percebe-me, faz um esforço e percebe-me.
- Oh, mas… então não vais fazer nada?
- Não, não posso mesmo. Um dia tudo se vai resolver e vamos ser felizes, pelo menos gosto de pensar que sim. Um dia, talvez amanhã.
- Mas meu amor, não existe amanhã.
I love you,

In the minute she entered the room, she knew something was wrong. She dropped her handbag and started to fiddle with one of her black hair's curls. She always did that when she got nervous. Everything was upside down. The wardobre's doors were open, her clothes were all over the floor, the bed was undone, the pillows had been ripped and their feathers were now drawing circles before they fell on to the messy floor. She couldn't believe it. What the hell was that? Then she saw a note on a dirty paper written with her favourite lipstick. She crossed the room with big and determinated steps and grabbed it. 'I've told you I love you. You shouldn't have let me go'. And it was just on that moment that she noticed that the window was open, the courtains dancing to the wind. She walked slowly, her right hand holding the note near her acelerated heart. With all the courage she had left she looked outside, not to the blue sky but to the far and grey paviment.
And there she saw him, the man she loved, lying on the floor, just because she had doubts. Just because she couldn't believe he really loved her.
embora,

segredo,

- Sim, claro.
- Gosto muito de ti.
- Oh, e isso é um segredo?
- É pois, só o Mundo inteiro é que o sabe.
obrigado,

(E um obrigado muito especial também àqueles que me visitam diariamente.)
saudade,
Saudade, saudade é aquilo que eu sinto desde um qualquer dia frio de Janeiro, pouco passava das sete horas. Tinhas-me mandado uma mensagem. 'Espera por mim cá em cima, precisamos de falar'. Eu esperei impacientemente. Detestava esperar mas tu fazias-me esperar (e desesperar) cada vez mais. Gostar de ti era como estar numa enorme sala de espera, eternamente. Parece horrível, não é? Pois. E quando chegaste nem sequer me sorriste, o teu olhar vinha preso ao chão. Parecia que nutrias um profundo interesse por aquelas pedras cobertas de coisa nenhuma. Pegaste na minha mão sem uma palavra e conduziste-me até um banco de pedra. Sentámo-nos. Começaste a falar, com pausas, cheio de medo, até que disseste tudo. Não podias continuar comigo, não podias continuar comigo sem saber o que sentias. Oh, e ainda por cima havendo outra pessoa na nossa história, outra rapariga. 'Entendes?'. É claro que entendo, entendo perfeitamente. Mas não é por entender que não dói. Tentas abraçar-me. Rejeito o teu abraço, levanto-me e viro as costas para que não vejas as lágrimas que tanto querem cair. Volto a olhar para ti e sorrio, a custo. Despeço-me. Vou-me embora. Magoaste-me, admito. Mas não me vais ver chorar.
apaguei-te,
terra do nunca,

complicado,

não consigo,

deixa-me,

( queria só agradecer ao João - Realms of the Forgotten , que me 'emprestou' o início de um dos seus textos porque , sinceramente , hoje nem sequer sabia por onde começar )
doce beijo,

volta,

a promessa,
trinta minutos,

todos os dias,

adeus,

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