trinta minutos,

Os minutos passam devagar, desfilando à minha frente, tal e qual uma procissão com um objectivo desconhecido. Não aguento mais com este Mundo, quero desaparecer. Sim, já sei que não posso. Céus, só quero ir para casa, para casa, para um sítio em que ninguém olhe para mim, para um lugar em que me possa esconder. Trinta minutos. E em vez disso, em vez da paz que tanto quero, aqui estou eu, no meio de uma multidão, sentada nuns degraus quaisquer, a ouvir música, cheia de frio, à espera de um transporte que me leve para casa. Um transporte que parece não ter pressa de vir. Ou será o tempo que não tem pressa? Sinto-me tão sozinha. Oh, quero lá saber da multidão. Estou sozinha, sinto-me sozinha. Vinte e oito minutos. A procissão parece parar de vez em quando. Por um motivo que eu não entendo o tempo passa cada vez mais devagar. Fecho os olhos com esperança que algo mude. Volto a abri-los. Tudo continua igual. Vinte e sete minutos. Não adianta, fecho de novo os olhos e tento não pensar em nada. Ah, música. Um toque no meu braço. Abro os olhos a custo. És tu e estás a sorrir para mim. Porquê? Porque é que sorris para mim? Porque é me tocaste e me despertaste do meu não-sonho, do meu não-pesadelo? Desligo a música e não consigo tornar a fechar os olhos, não consigo não falar contigo, não consigo não sorrir. Quando dou pelo tempo chegou o tal que diz que me vai levar para casa. Despeço-me e entro, empurrada pela multidão. Encosto a minha face, agora quente, à janela fria. Sorrio. Volto a ligar a música e fecho os olhos.

4 comentários:

  1. Lindo como sempre, princesa ^^
    acho ke vou começar a dizer ke sou teu discipulo xD
    pelo menos assim ganho fama num instante,né,mestre? ;D

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  2. Este fui eu q postei ^^ !

    Muito giro ,

    Gosto.t miuda !

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  3. que texto bonito.
    Gostei mesmo.

    Beijinho ;)

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  4. ta mto bom mana!
    mto fixe mesmo
    bjao do mano

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